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Chapada Diamantina: roteiro de 4 dias

Atualizado: 18 de jan. de 2022


E lá se foi mais um feriado e mais uma viagem!! E tudo começou com a nossa #wishlist: para onde queremos ir no Brasil? E foi aí que decidimos ir para a Chapada Diamantina (Bahia).

E nesse post vamos contar como foi a nossa aventura e o que fizemos por lá em 4 dias.


Primeiro de tudo, quando ir? Em todos os blogs lemos que a melhor época para ir era em setembro. Mas não é!!! Descobri lá (com o nosso guia Oswaldo - da Cirtur) que o melhor mês é maio (não chove, ainda é baixa temporada e todos os passeios estão em seu melhor momento). E quando não ir? Janeiro (devido à alta temporada e chuvas). Os outros meses, me disseram que tem como ir e, mesmo com as chuvas, não atrapalha os passeios (sempre chuva é um pouco mais chatinho ne?)

Segundo, como chegar? Li muito sobre as alternativas de transporte para lá. Primeiro tem que chegar até Salvador. No nosso caso, pegamos um voo de SP a Salvador (na 4a feira a noite). Como chegamos de madrugada, tivemos que passar uma noite em um hotel de Salvador. No dia seguinte, as 7am, pegamos o ônibus para Lençóis - cidade mais conhecida da Chapada e melhor para todas as suas atrações. Mas recomendo que vá de carro.


Tem como chegar e avião também. Voos da Azul saem de 5a e Dom (SSA e Lençóis) - 1 voo por dia. Achamos muito caro e o horário não era o melhor para nós. Então nos aventuramos no ônibus. Mas tenho alguns comentários para fazer sobre o transporte:


1. Nunca sai no horário marcado - é comum a viagem atrasar (na ida e na volta)

2. Mesmo que no site disser que são 5 horas, é mentira - são aproximadamente 8 horas de viagem (com paradas)

Achei que ia ser super cansativo... mas até que foi tranquilo (dormi metade do caminho rs)

Onde comprar as passagens: https://www.realexpresso.com.br/

Onde ficamos? Ficamos na Pousada Roncador. No meio do "buxixo" - na Rua da Baderna. Do lado da agência Cirtur - isso foi ótimo (reservas podem ser feitas direto no site da agência ou pelo Booking). Acordávamos, tomávamos café da manhã (incluso) e já estávamos na agência para fazer o passeio. Além de tudo, atendimento ótimo, quartos limpos e super confortável. Obs: a hospedagem na chapada é mais rústica e o legal é ficar em pousadinha (abra mão do hotel 5 estrelas).

Passeios para fazer

Em 4 dias posso dizer que aproveitamos muito. Ficaríamos um pouco mais (para fazer algumas outras coisas que faltaram). Mas o nosso roteiro de passeios foi incrível. Aproveitamos ao máximo... e daquele nosso jeito: frenético.

Fizemos todo nosso roteiro com a agência Cirtur. Além de um mega bom atendimento e ótimos guias, a vantagem de fechar com uma agência é que não precisa dirigir para ir nos passeios e eles já tem todos os contatos e sabem como evitar filas (principalmente nos feriados que é tudo lotado).

Dia 1: Esse dia foi morto (porque viajamos) e resolvemos aproveitar a cidade. A partir das 5pm acontece o Happy Hour com Double de bebidas. Então, sentamos por lá (no El Jamiro) e ficamos até anoitecer.

Dia 1: Rio Mucugezinho, Poço do Diabo, Gruta da Lapa Doce, Gruta da Pratinha, Gruta Azul e Morro do Pai Inácio.

Foi o mais longo e cansativo, mas também nosso preferido.

A primeira parada foi o Poço do Diabo, uma caminhada de 1km (cada trecho), beirando o rio Mucugezinho (que tem a água super preta). É uma caminha relativamente fácil, exceto pela subida na volta.

A nossa chegada ao Poço do Diabo foi de tirolesa (melhor jeito) – a descida custa R$ 30,00* (Valor pago em set/2017), mas também pode-se descer de rapel (não chegamos ver o preço) ou pela trilha (cheia de escadas e pedras rs). Acho que a nossa opção foi bem válida.

A lenda é de que o poço tem esse nome porque na época do garimpo escravos tentaram fugir com diamantes da região e depois de descobertos foram afogados lá.

Nossa segunda parada foi o Morro do Pai Ignácio, o cartão postal da Chapada Diamantina (e a chegada mais esperada). A subida de cerca de 600m (não tão fácil) com algumas paradas para respirar (todo mundo consegue)! Esse local dispensa explicações, seguem algumas fotos:

Aí também tem uma lenda, por que Pai Ignácio? (esse lugar é cheio de lendas)

Pai Ignácio era um escravo pai de santo de um rico coronel da região. Quando a sinhazinha, filha do Coronel. retornou da Europa onde tinha estudado, se apaixonou por Ignácio, e foi recíproco. Todas as tardes os dois se encontravam no mesmo horário em uma cachoeira, um dia durante um encontro a sinhazinha esquecer sua sombrinha com Ignácio, justamente nesse dia alguém os viu e contou para o coronel. O Coronel enfurecido ordenou que capturassem Ignácio vivo ou morto, esse fugiu e passou um tempo escondido no morro. Um dia Ignácio desceu para caçar e esqueceu sua fogueira acesa em cima do morro, chamando a atenção dos capangas do coronel, que subiram e ficaram escondidos aguardando o retorno de Ignácio. A noite quando Ignácio retorno, foi surpreendido pelos capangas, mas teve a ideia de pular do morro e planar com a sombrinha da sinhazinha que estava com ele. Os capangas pensaram que Ignácio tinha morrido, mas não. Ele ainda aproveitou que a fazenda estava sem segurança, voltou lá, pegou a sinhazinha e fugiram juntos! Daí o nome do morro.

Nossa terceira parada foi a Gruta Lapa Doce.

A gruta tem cerca de 17km, mas são 850 metros para visitação. É uma descida cansativa até a entrada da gruta e lá todos os visitantes com lanternas ouvem as explicações dos guias super bem preparados. Nos falam sobre as rochas, colunas, estalactites, estalagmites, todas formação geológica do local, que é surpreendente. Fazemos uma parada, apagamos as lanterna e ficamos naquele “silêncio ensurdecedor” do local. A visita total dura cerca de 1:30h. No local existe um restaurante a quilo muito bom, onde almoçamos (tudo incluso no passeio pela Cirtur)

A quarta parada foi a Fazenda Pratinha, lá estão Rio Pratinha, Gruta Pratinha e Gruta Azul. Como era feriado estava tudo muito cheio. O pessoal vai para ficar o dia todo. A agência recomenda não fazer isso (no feriado) - afinal... essa é a praia deles ne? Se tiver um tempo a mais na cidade... aí pode desfrutar do dia nesse lugar. No pratinha tem flutuação e tirolesa, standup e caiaque. É a praia da Chapada, com areia, cadeiras, banheiros e lanchonete.

Terminamos o dia por lá... e acreditem... foi um dia incrível e muito cansativo (mas valeu a pena)

Depois, dentro do mesmo lugar, fomos para a Gruta Azul - que é apenas para visitação, não se pode nadar.


Dia 2: Poço Encantado e Poço Azul

Nosso segundo dia saímos de Lençóis para o Poço Encantado.

São cerca de 150km – 2 horas de viagem.

No poço não é possível nadar, mas a vista é incrível, com uma caminhada leve (apenas um pequeno trecho inicial onde você desde uma escada é um pouco mais difícil - porque é meio fechado e estreito). E demos muita sorte porque o melhor período de visitação é até o dia 10 de setembro (e fomos no dia 09). A partir do dia 11, o feixe de luz já não existe... e só volta em meados de maio (se eu não me engano)

De lá, fomos para o Poço Azul (um dos passeios mais famosos da Chapada). Foram mais ou menos mais 2 horas de estrada de terra (isso porque o nosso guia era top e conhecia todos os caminhos por dentro). E esse sim!!! Pode nadar!!

Final de semana e feriados costuma ser um pouco cheio e com longas filas (tipo 5 horas), mas a agência (já sabendo de tudo isso) reservou e organizou tudo e quando chegamos, entramos e nadamos.

Tem uma pequena escada para descer antes do poço e são cerca de 20 minutos nadando, na água gelada (24 graus)!

Esse passeio acaba mais cedo (por volta as 16h), então retornamos a Lençóis e ainda pudemos tomar um sol no Serrano e aproveitar as caldeiras que tem por lá (bem geladinhas por final). Vale muito a ida para o por do sol. Também é um lugar que o pessoal vai para passar o dia. Optamos por curtir a tarde só.

Dia 3: Parque da Muritiba (Rio Serrano, salão de areias, cachoeirinha, cachoeira da Primavera)

Como tínhamos apenas meio dia, fizemos o passeio do Serrano. Uma caminhada de cerca de 9km (que não tínhamos ideia do tamanho da dificuldade). Primeiro, tivemos que chegar cedo e tentar ser as primeiras nas filas (das cachoeiras, das areias, do topo, etc) - isso foi ótimo porque nosso guia era muito ágil (mas as nossas pernas não estavam tão preparadas para isso rs).

A primeira parada foi o Serrano (que que conhecíamos do dia anterior), então caminhamos para os Salões de Areia Colorida. São rocha sedimentares enormes que tinham areia de diversas cores. Vale a observação de que o local está se acabando, devido ao pouco controle do turismo lá.

Passamos pelo poço Harley e então iniciamos uma subida bem difícil até chegar a Cachoeira Primavera.

Tem uma queda pequena e não tem poço para nadar. E é muito gelado (a Marcella tomou coragem e entrou)

A próxima parada foi o mirante, que é realmente incrível.

Mas foi uma boa caminhada para chegar (e que valeu a pena)

E por fim, antes de voltar para casa, a cachoeira Saltinho.


E, antes de terminar o post, fica um agradecimento especial para a Cirtur (que cuidou de todos os detalhes do nosso roteiro) e para o nosso guia (e fotógrafo) Oswaldo. Uma boa pessoa te acompanhando nesse roteiro faz toda a diferença!!!

Osvaldo, nosso guia!

O que faltou?

Cachoeira da Fumaça (1 dia de passeio)

Cachoeira do Buraco (2 dias de passeio - dorme em uma cidade perto)

O que comemos? (isso é muito importante porque do mesmo jeito que tem muitos restaurantes bons... tem uns que não são tão legais assim)

El Jamiro: fica na rua da Baderna. Super gostoso o ambiente e comida muito boa.

Tem Happy Hour das 17h as 19h

Quilombola: comida caseira e muito conhecido pelas moquecas

Maria Bonita: para quem curte uma massinha, é excelente

Além disso, segue mais restaurantes que vimos (mas que não conseguimos comer) e que nos pareceram bom:

Cafeteria São Benedito

Cozinha Aberta

Picanha na Chapa

Os Artistas da Massa

Se animou com o nosso roteiro, não perca tempo e monte sua viagem também!! Não irá se arrepender.


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